Por ano, o sol irradia 10 mil vezes a energia consumida pela população mundial.
É uma energia limpa, renovável e sustentável. Ocupa pouco espaço, exige manutenção mínima e, o mais importante, reduz as emissões de fases de efeito estufa. A implantação desse sistema em casas, comércios e indústrias tem aumentado significativamente no Brasil. Em janeiro, o país ultrapassou o recorde de 1 gigawatt de capacidade instalada em projetos de energia solar em operação, o suficiente para abastecer, anualmente, 500 mil casas.
O futuro é ainda mais promissor. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), até o início de 2018, o setor de energia solar no Brasil possuía 20.897 sistemas fotovoltaicos instalados. Em seis anos, a expectativa é que esse dado salte para 887 mil.
“A tecnologia está avançando e ficando mais inteligente. Isso barateia o sistema, o que atrai mais consumidores, inclusive residências”, destacou José Renato Colaferro, sócio e diretor da Blue Sol Energia Solar, que atua em vários estados, como o Rio.
A troca da energia elétrica convencional para solar nas casas, por exemplo, é simples, mas requer investimento. Em média, o custo para essa migração está em R$ 15 mil, mas o retorno em economia e, consequentemente, em preservação da natureza, é extremamente significativo. De acordo com José, esse custo é pago em no máximo 5 anos.
“O ganho é enorme. O domicílio deixa de pagar conta de luz, paga apenas uma taxa de cerca de R$ 40 por mês. E essa troca representa só benefícios ao meio ambiente. O painel solar substitui uma usina, que queima milhões de litros de óleo diesel e carbono na atmosfera todo ano”, explicou Colaferro.
Em uma pesquisa feita pelo Instituto Data Folha para o Greenpeace, 72% dos entrevistados ouvidos manifestaram interesse em instalar o sistema solar em suas residências. Ainda de acordo com o levantamento, apenas 48% das pessoas ouvidas afirmaram que a instalação de placas solares reduziria o valor da conta de luz. E 17% disseram que gostaria de ser independentes de qualquer distribuidora de energia elétrica.
A arquiteta Fernanda Simões, de 45 anos, fez a troca de abastecimento de energia em sua casa há três meses e só tem tido resultados positivos. “Fiz uma reforma e decidi colocar a casa toda sustentável. Além do sistema de energia solar, também fiz reutilização da água e paredes verdes. É economia e conscientização de meio ambiente”, destacou.
O sistema para geração de energia solar exige alguns equipamentos, como os módulos fotovoltaicos, inversor de frequência (que conecta o sistema, troca a energia e monitora), estruturas metálicas para fixar módulos ao telhado, além do quadro elétrico. A luz solar é captada pelos painéis para produção de energia, que fica armazenada no quadro de luz para abastecimento da casa. Quando se produz mais energia do que se consome, este excesso de eletricidade vai para rede elétrica e vira crédito, que pode ser usufruído em até 60 meses depois que foi gerado.